Caminhada de prevenção ao suicídio reuniu mais de 300 pessoas

O Parque Municipal  de Belo Horizonte amanheceu no domingo (8/9) com uma movimentação diferente. Mais de trezentas pessoas, muitas delas vestidas de amarelo,  participaram da concentração e da caminhada de combate e prevenção do suicídio, uma das atividades do Setembro Amarelo de 2019.

Além da apresentação da Banda do Exército, que animou os presentes, foram distribuídos folhetos de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio, lacinhos  amarelos, símbolos da campanha, e balões. Adultos e crianças que passavam paravam para ver o que estava ocorrendo e puderam ver a importância do assunto tratado ali.

Para o presidente da Associação Mineira de Psiquiatria (AMP) a caminhada deste ano demonstrou mais uma vez que a população precisa ter consciência do que representa o suicido hoje, visto como questão de saúde pública pelo SUS: “É muito importante a participação de todos em todas as atividades do Setembro Amarelo, porque essa consciência pode salvar vidas”,  diz.

A advogada Rosângela de Souza Vilaça, que estava na caminhada,  perdeu a irmã de 58 anos em dezembro do ano passado. Desde então precisou de ajuda para superar a perda, quando procurou o Grupo de Apoio aos Enlutados (Gaes), que tem sido muito importante para ela. A advogada disse que o processo de depressão da irmã aconteceu muito rapidamente e, mesmo a família tendo procurado os recursos médicos necessários, o processo muito rápido.  Para ela, ações como a caminhada servem para informar à população sobre como desmitificar um tabu e acabar com o preconceito.

“Precisamos popularizar o assunto “suicídio”. Sabemos que quanto mais falamos dele da maneira correta, mais as pessoas irão procurar ajuda e esta é uma forma de combatê-lo. Daí essa caminhada e as ações do Setembro Amarelo serem de importância fundamental na sua prevenção”, informa o presidente da Liga Acadêmica de Psiquiatria do Uni-BH, Handerson Carvalho.

Voluntário há sete anos do CVV, Luiz Augusto de Souza estava juntamente com diversos colegas na caminhada. Segundo, ele, o Setembro Amarelo deveria se estender por todos os  meses do ano,” pois suicídio tem prevenção e a prevenção é feita de ações como estas”, enfatiza.

O evento foi realizado pela Associação Mineira de Psiquiatria (AMP), Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFMG e UFMG, pela Liga Acadêmica de Psiquiatria Uni-BH, Associação Médica de Minas Gerais, Exército Brasileiro e Centro de Valorização da Vida (CVV).

Crédito das fotos : AMMG, AMP/Fazito e Kyze Quintela

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