Cinema, um assunto de interesse da psiquiatria

Uma mesa redonda que chamou a atenção dos presentes no XXI Congresso Mineiro de Psiquiatria  foi a ocorrida na sexta-feira, com o tema: O Cinema, a neurose, a psicose e a perversão. Participaram das discussões os psiquiatras Elie Cheniaux, que falou sobre a obra de Wood Allen; Eduardo Birman, cuja palestra  tratou sobre os trabalhos de Roman Polanski e Paulo Brasil, que discorreu sobre o cinema de Jerome Tarantino.

Wood Allen é paixão antiga do professor Elie Cheniaux que desde a adolescência era fã do diretor, muito antes de se formar em medicina e dedicar sua vida à psiquiatria e à psicanálise. A paixão  pela obra do cineasta transformou o professor Elie em um especialista em Wood Allen, o que fez com que ele assistisse todos os seus 57 filmes várias vezes, estudando personagens e o próprio autor.

Tanto que lançou recentemente no Rio de Janeiro o seu último livro, Wood Allen: Seus filmes são mesmo autobriográficos? Nele, o autor deixa um registro para a posteridade da vida do cineasta, o quando ele foi importante na sua vida e quanto admira e se identifica com Allen e seus personagens, muitos deles autobriográficos.

“Neste livro, onde a psiquiatria não entra, apenas o fã, percebo que Wood Allen trabalha os personagens à sua imagem e semelhança de forma exagerada. Allen é hipocondríaco, fóbico, preocupa-se patologicamente com a morte e, costuma passar para os personagens esse seu jeito de ser, o que torna os seus filmes  mais fascinantes ainda.”, diz Cheniaux

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