Dependência Química é foco de Congresso da AMP

Psiquiatras, estudantes e profissionais de saúde se reuniram nos dias 13 e 14 de dezembro, na sede da Associação Médica de Minas Gerais, para debater a Dependência Química. Este foi o foco do Congresso de Dependência Química: Interlocuções / II Simpósio de Pesquisa em Dependências Químicas. O evento foi realizado pela Associação Mineira de Psiquiatria (AMP), em parceria com o Centro Regional de Referências em Drogas da UFMG, e contou com o apoio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

O psiquiatra da AMP e coordenador do Centro Regional de Referência em Drogas da UFMG, Frederico Garcia, deu início às atividades do encontro. Segundo ele, a dependência química é um problema que extrapola o dependente e causa sofrimento também aos familiares, resultando em perda de qualidade de vida e da renda familiar. Esses fatores fazem dos familiares de dependentes químicos uma população vulnerável e com necessidades especificas de saúde. Durante a sua explanação, Garcia destacou o fato de dependência química ser uma doença crônica passível de tratamento de longa duração.

Família

A ‘inserção da família na atenção integral do dependente químico’ foi o tema abordado pelo psiquiatra, médico da família e da comunidade, Ricardo Alexandre de Souza, de São João Del Rei. “Quando uma pessoa usa droga, ela afeta a família e a comunidade”, disse. Encerrou sua aula apontando os novos problemas que envolvem as famílias brasileiras: descentralização e afastamento e serviços de saúde cada vez mais distantes das pessoas.

A ‘abordagem psicobiológica da fissura na dependência química’ foi discutida pelos convidados Hélio Lauar (PUC-MG), Carlos Alberto Salgado (ABEAD) e Félix Kessler (UFRGS).

Psicanálise
“Tenho prazer em compartilhar com vocês a minha experiência como psicanalista e fico feliz em saber que a psicanálise foi lembrada dentro desta programação’, disse a psiquiatra, especialista em psicanálise, Maria Bernadette Biaggi, antes de iniciar a sua discussão a respeito da psicanálise e o tratamento da dependência química.

Também foram abordados temas como o papel das famílias na abordagem do dependente químico, a importância da equipe de saúde da família nesta abordagem, perspectivas da neurobiologia e o que a ciência tem para mostrar da influência da droga no desenvolvimento infantil e do adolescente, além de aspectos da clínica e do tratamento de dependentes químicos.

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