Terça Cultural na AMMG aborda o individualismo na vida real

Terça Cultural: Exibição do filme Chronique d ́une morte oubliée e debate sobre o Individualismo.

Data e Horário: 9 de setembro, 19h.

Local: Teatro Oromar Moreira, sede da Associação Médica de Minas Gerais (Avenida João Pinheiro, 161, Centro – Belo Horizonte). Entrada gratuita

Inscrições e informações: (31) 3247 1619 ou tercacultural@ammgmail.org.br

 

No dia nove de setembro, às 19h, no Teatro Oromar Moreira, na sede da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG) – Avenida João Pinheiro, 161, Centro, Belo Horizonte –, acontece mais uma edição do projeto Terça Cultural, promovido pela entidade. Neste número, em parceria com a Associação Mineira de Psiquiatria (AMP), será exibido o filme Chronique d ́une morte oubliée (Crônica de uma morte esquecida), documentário dirigido por Pierre Morath. Com 62 minutos de duração, a obra reconstrói minuciosamente a história de um homem que, aos 53 anos de idade, morreu sozinho em seu apartamento, numa área movimentada de Genebra (Suíça) e cujo corpo só foi descoberto vinte e oito meses mais tarde.

 

A história conta a vida de Michel Christen, afastado do trabalho por invalidez, que exagerava no consumo de álcool e sofria de um câncer de esôfago. Suas condições materiais de vida (habitação, alimentação etc) estavam garantidas por vários mecanismos de apoio social disponíveis para um cidadão suíço em Genebra, por parte do estado e de instituições da igreja católica. Ao se caracterizar uma morte ignorada por um período tão longo, a descoberta dos restos mortais de Michel Christen, em maio de 2005, foi notícia de destaque na imprensa, merecendo investigação das autoridades locais. Tornou-se tema deste documentário, Chronique d ́une morte oubliée, lançado em 2012 e premiado internacionalmente.

Para o vice-presidente da AMP, Humberto Correa, o filme nos leva a perguntas de como o desaparecimento de uma pessoa pode, simplesmente, ser ignorado pro todos que o cercavam. Em que medida uma história como a de Michel Christen poderia acontecer ou estar acontecendo em nosso meio? O que ela nos provoca, nos ensina, nos desafia, nos sugere pessoalmente, profissionalmente e como sociedade? Qual nosso papel como cidadãos nesse universo que se torna cada vez mais individualista, onde os encontros humanos se fazem mais pelas redes sociais, onde produzir, ter e consumir guiam nossas vidas, substituindo o ser e o encontro com outros seres?

A atividade será coordenada e debatida por Itamar Sardinha, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e participante do MedCine (projeto cultural da UFMG) e Humberto Correa, vice-presidente da AMP. O debate contará com a contribuição de dois médicos convidados a abordar a história por ângulos diferentes, a partir de sua formação: Elizabeth Dias (médica do trabalho) e Munir Murad (oncologista clinico).

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