Adélio Bispo foi tema de debates na XXI Jornada Mineira de Psiquiatria

Adélio Bispo, autor da facada no então candidato à presidência Jair Bolsonaro, foi considerado inimputável pela justiça por ter transtorno mental.  A decisão do juiz Bruno Salvino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora em maio passado, deixa claro que o crime foi cometido por alguém que é incapaz de entender o que fez e de responder por seus atos, decisão que continua seus trâmites legais. De interesse da psiquiatria forense, o assunto fez parte de uma das mesas dos debates na XXI Jornada Mineira de Psiquiatria com o tema “Adélio bispo: doido, semidoido, ou normal, normalíssimo?”.

Segundo Maurício Leão, diretor da AMP e um dos participantesda mesa de discussão do assunto junto aos colegas Alan Passos e Paulo Repsold, disse que nos debates havia três posições: a de imputável, semi-imputável e inimputável, esta corroborando a sentença do juiz Salvino. A maioria das pessoas presentes admitiu a doença psiquiátrica de Bispo. No entanto, essas mesmas pessoas afirmaram que o  transtorno não comprometeria sua capacidade de entendimento e autodeterminação, o que poderia determinar se o crime seria imputável ou, no máximo, semi-imputável.

O incidente com Bispo não ter sido um fato isolado veio à tona, sobretudo pelo fato dele ser uma pessoa de pequenas posses e  ter contado com bons advogados de defesa.  O debate analisou este assunto do ponto de vista psiquiátrico, com os presentes levantando o que costuma acontecer com portadores de distúrbios mentais, que às vezes são usados como instrumentos de atitudes ilícitas.

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